Há muitos anos, quando eu estava no seminário, tive a incomum experiência de viver simultaneamente em dois universos religiosos: um cristão e o outro budista. Pela manhã, eu tinha aulas de cristianismo, sob a orientação de talentosos professores do seminário, todos me preparavam para ser ministro. E então, à tarde, eu trabalhava como professor de inglês para um monge zen-budista japonês, que havia concluído recentemente seu treinamento monástico em Kyoto, e que teve a experiência da iluminação, sob a orientação de seu mestre Zen. Para um jovem seminarista recém formado, o tempo como professor deste monge zen - agora amigo - foi muito intenso. Eu deixava as aulas da manhã pensando sobre a relação do eu com Deus, como entendido no Evangelho de João, profundamente mergulhado na riqueza do caminho cristão. Depois, eu visitava o monge à tarde, falávamos sobre o Zen e especulava se o eu e Deus de fato eram reais. Um dia no seminário retrata um ano inteiro. Lembro-me de ir à capela de manhã, antes da aula, e cantar o Amazing Grace junto com meus colegas seminaristas. Eu me sentia envolvido no amor de Deus. Naquela tarde, discuti com meu amigo Zen sobre o significado do conhecido koan: “Qual é o som de uma mão batendo palmas?”. Ele explicou que não há uma resposta racional ou estereotipada, mas que existe uma “resposta” e que tem relação com não ter o eu separado do mundo. Nós estávamos sempre falando sobre a ideia budista do não-eu, ou anatman. Deixei nossa conversa com uma pergunta: se Jesus tinha o eu superior e se Deus também. Talvez eles exemplificassem o anatman. Talvez pudessem ouvir o som de uma mão batendo palmas, porque seus egos, como o de um bom zen-budista, estavam vazios de substância e unificados com o todo. Pareceu-me que todo aquele ano foi assim: tentar relacionar a incrível graça do amor de Deus ao som de uma mão batendo palmas. Claro que este ano não surgiu do vazio. Para mim, surgiu do resultado de uma profunda busca, não apenas pela identidade cristã, mas por uma viva fé . Fiquei surpreso ao descobrir que o budismo poderia me ajudar a acessar essa fé. Inicialmente, me interessei pelo budismo durante o meu último ano da faculdade. Eu estava procurando uma alternativa para uma forma de cristianismo fundamentalista, na qual eu havia caído rapidamente; e encontrei essa alternativa nos textos do falecido escritor católico Thomas Merton. Ele era um monge que vivia em um monastério em Getsêmani, Kentucky, que escreveu abundantemente sobre muitos assuntos, incluía a guerra e a paz, justiça social, oração contemplativa, misticismo e budismo. O interesse de Merton pelo budismo me chamou a atenção porque eu, como ele, tinha sido atraído por formas de espiritualidade que enfatizam o "deixar as palavras" e " a consciência do momento presente". O cristianismo protestante muitas vezes me pareceu prolixo. O budismo me apontou um mundo além das palavras. Uma das razões pelas quais gostei especialmente de Merton foi que ele era sensível ao fato de que o cristianismo também aponta para um mundo além das palavras. Aponta para o mundo onde todos os seres vivos devem ser amados de forma correta, que não podem ser reduzidos aos nomes que lhes atribuímos; e também aponta para o mundo do silêncio divino como experiência de profunda contemplação. Merton voltou-se para o budismo como uma maneira de aprofundar sua própria compreensão das dimensões 'sem palavras', transteológicas do cristianismo, e com sua ajuda fiz o mesmo. Sob a influência dos escritos de Merton, então, comecei a fazer cursos de religiões durante meu primeiro ano no seminário, ao mesmo tempo em que também cursava estudos bíblicos, história do cristianismo e teologia. Nesta fase, meu interesse pelo budismo foi satisfatório, principalmente através de livros e palestras e esses cursos. Cresci em um ambiente protestante de classe média no Texas, eu realmente não conhecia um budista, muito menos um zen-budista, de uma maneira intima. Eu só conhecia cowboys. Tudo isso mudou quando fui convidado por um dos meus superiores para ser professor de inglês do monge japonês. Minha instrutora era a professora de religiões, chamada Margaret Dornish, e eu fiz um curso sobre budismo com ela. Seu pedido e minha aceitação mudaram minha vida. O nome do monge era Keido Fukushima, e ele estava sendo enviado para os Estados Unidos por seu mestre no Japão para aprender inglês e aprender sobre a América. Minha tarefa era me encontrar com ele todos os dias durante um ano inteiro, ensiná-lo inglês e também levá-lo a vários locais em todo o sul da Califórnia, de shoppings à mosteiros. De fato, eu mesmo seria parte da experiência para ele. Ao me conhecer e conhecer como os jovens pensam, ele se encontraria com um “americano”. Eu tentei fazer o melhor de um “americano” para ele, mas tenho certeza de que eu fui, na melhor das hipóteses, um texano de classe média. Eu me preocupava, junto com a Dr. Dornish, que eu estaria ensinando Keido Fukushima a falar inglês com sotaque do Texas. Entendi rapidamente que meu aluno, estudava já há sete anos inglês no Japão. Mais tarde aprendi que Gensho significa jovem monge e eu o chamava “jovem monge” o tempo todo. Isso era estranho, porque ele era dez anos mais velho que eu, mas nunca pareceu incomodá-lo. De qualquer forma, ele estava sendo enviado para os Estados Unidos, não para aprender inglês, mas para aperfeiçoar o seu inglês, e ensinar aos americanos sobre o Zen. Dada a sua facilidade com a língua, o nosso acordo era que eu lhe ensinaria, e ele explicasse o Zen para mim. Assim, passávamos horas e horas conversando sobre Zen Budismo. Assim que começamos a falar sobre o Zen, ele me explicou que a melhor maneira de entender o Zen é praticar a meditação diariamente, o Zazen. Sob sua orientação, aceitei essa prática, e fez todo o sentido. Ele me apresentou àquele mundo além das palavras - o da escuta pura - que me levou a se interessar pelo Zen. Vinte anos de Zazen são pelo menos parte da experiência que trago para este texto. A outra parte é de vinte anos de ensino do budismo e das religiões asiáticas para universitários em graduação. Mas as explicações do Zen do monge Gensho não pararam nas discussões ou no Zazen. Os ensinamentos de sabedoria que ele me deu naqueles dias foram o brilho nos seus olhos, seu senso de humor e sua gentileza. Essas atividades eram para mim então, e são para mim agora, o Zen vivo. o Zen morto é o que você obtém através dos livros e talvez até em textos como esse. Viver o Zen é quando se está cara a cara, de modo profundo, com a própria vida. Como Monge Gensho costumava dizer, o koan final não é a pergunta: “Qual é o som de uma mão batendo palmas?” É a própria vida. É como você responde ao que se apresenta: o nascimento dos filhos, a morte dos entes queridos, a carícia do seu amado, a beleza do pôr do sol, o assassinato de inocentes, o riso dos amigos, a fome da criança. Quando você responde com sabedoria e compaixão no imediatismo do momento, você é o Zen vivo. Sua vida é seu sermão. Você é como o cão e o gato no momento presente, fiel à sua natureza búdica em todas as suas particularidades. Com a sua ajuda, então, percebi que o Zen não é sobre chegar a um lugar chamado Nirvana, mas sobre chegar ao lugar onde começamos - ou seja, o momento presente - e viver livremente no aqui-e-agora da vida cotidiana. O Zen está entre as religiões mais concretas que conheço. É muito corporal e prático. Por essa razão, penso que o Zen pode enriquecer a ênfase encarnacional do Cristianismo, que também encontra o infinito no finito, o sagrado no comum, a palavra no enfraquecimento da vida cotidiana. O Zen vivo pode ajudar os cristãos a penetrarem mais profundamente nessa forma de vida a que aspiramos: a vida em Cristo. Enquanto passava minhas tardes e muitas noites com Gensho, meus amigos mais conservadores no seminário preocupavam-se comigo. Eles sabiam que os zen-budistas nem sempre falam de Deus e que a fé em Deus não faz parte do contexto budista. E eles se preocupavam que eu estivesse caindo em uma identidade religiosa dupla. Um deles chamou de "dupla pertença religiosa". Eu não estava confortável com essa frase. Mesmo quando eu sentia que estava experimentando dois mundos diferentes a cada dia, eu não sentia que pertencia a dois países ou que eu tinha dois passaportes. Ao contrário, eu me sentia como uma pessoa que estava recebendo nutrição de dois tubos intravenosos: de um, o dharma budista e do outro, a sabedoria de Cristo. Eu pego emprestado essa metáfora de uma maravilhosa professora zen dos Estados Unidos, Susan Jion Postal. Intuitivamente eu sabia que os dois medicamentos eram compatíveis, mas eu tentava descobrir como eles eram compatíveis com a minha mente. Além disso, sabia que, se tivesse de escolher um remédio em detrimento do outro, escolheria o de Cristo. Eu não era de todo budista e nem de todo cristão, ou meio budista ou meio cristão, mas sim um cristão influenciado por Buda. Felizmente, os dois fluidos realmente se mostraram compatíveis e mutuamente enriquecedores, então não fui forçado a escolher. Cada um tinha uma qualidade de cura que poderia adicionar ao outro. Qual era então a qualidade de cura do cristianismo? Claro que tem muito a ver com Deus e com o poder de cura da fé em Deus. Parte dessa qualidade de cura pode ser descrita se eu entrar em maiores detalhes sobre o serviço na capela no seminário, quando cantávamos Amazing Grace . Quando eu cantava junto com os outros, sentia que havia de fato uma graça nas palmas, nas letras e na melodia, quanto nas pessoas que cantavam. Nós estávamos de alguma forma juntos em uma comunhão de amor, mesmo sendo pessoas diferentes. Senti que há uma presença misteriosa e envolvente - uma mente parecida com a do céu - na qual vivemos, respiramos e temos nosso ser, e que essa mente é incrivelmente graciosa. Nós podemos viver desta graça. De minha parte, senti essa graça mais vivamente, não com idéias aprendidas em livros, mas nos dons das relações pessoais, na beleza da natureza, nas profundezas dos sonhos, na esperança de paz, no silêncio universal, na alma, nos olhos dos animais, nos mistérios da música e nos atos de amor-bondade. Há algo de belo em nosso mundo, mesmo em meio a suas tragédias. Para mim, essa beleza é Deus. Deus é a atração para a beleza do universo e muito mais. E Deus também está na beleza. A beleza do mundo é o corpo de Deus. É verdade que, mesmo no seminário, eu nem sempre visualizava Deus como uma divindade masculina que residia no planeta. Nem meus professores, especialmente aqueles que eram teólogos. Com a ajuda deles, cheguei a um modo de pensar em Deus que fez sentido para mim. Eles me ajudaram a ver que o universo não está fora de Deus, como um servo sentado muito abaixo de um trono em que se senta um rei; mas dentro de Deus, como os embriões em desenvolvimento estão dentro de um útero, ou os cardumes de peixes estão dentro do oceano, ou as nuvens que estão dentro do céu. Meus professores chamaram essa perspectiva de panteísta: uma expressão que foi cunhada no século XIX e que literalmente significa que tudo está em Deus, assim como Deus é mais que tudo. Pareceu-me então e parece-me agora que o panteísmo está mais próximo da verdade da graça surpreendente. A graça não é algo que nos aproximamos de longe, como um trono em que se senta um rei, mas sim algo que é "aqui" como um puro presente. Assim como o oceano está "sempre aqui" para um peixe nadando nele, a graça já está "sempre aqui" para os seres humanos. Nossa tarefa, como humanos, é despertar para o que já está aqui. Eu disse que, de uma perspectiva panteísta, Deus é mais do que tudo somado. Este é certamente o caso dos teólogos. Assim como um oceano é mais do que todos os peixes nadando nele, Deus é mais do que nossa experiência de Deus. Imagine um peixe nadando ao largo da costa do Golfo do México na América do Norte, e imaginamos que ele sabe tudo sobre o oceano, incluindo o que é ao largo da costa da Nova Zelândia e África do Sul e do Ártico. Este peixe estaria igualando sua própria experiência de Deus com o todo de Deus. Infelizmente, foi o que fiz durante o último ano da faculdade quando eu era um fundamentalista. Eu tinha certeza de que conhecia o todo de Deus e que os outros que discordavam de mim estavam errados. E é por isso que estou tão feliz por ter descoberto Thomas Merton, que me ajudou a perceber que o oceano divino é sempre mais do que a nossa experiência e podemos nos deitar suavemente em suas águas. De Merton, aprendi sobre Deus e sobre como a escuta silenciosa è uma forma profunda de estar conectado com Deus. Muitas vezes, no seminário, antes de dormir à noite, eu rezava ao mais divino. Não apenas a oração contemplativa que Thomas Merton descrevia, mas também a típica oração vivenciada ao que está no coração de tantas religiões. Eu abria meu coração para o oceano divino e dizia "Por favor, esteja com todos, Senhor" ou "Sinto muito, Deus" ou "Obrigado, tudo é tão lindo" ou "Que todos os seres sejam felizes". Nos momentos de tristeza, eu também rezava as orações mais duras, as lamentações e protestos, tais como "Por que você deixou isso acontecer?" e "Onde você está, afinal?" e "Por que você me abandonou?" Estes foram para mim uma espécie de discurso primitivo do coração, mais como poesia do que prosa. Estavam alcançando a vastidão de um mistério além da minha imaginação, mas presentes mesmo em sua ausência. No começo, me senti um pouco culpado por essas orações mais difíceis. Eu sabia que eu encontraria esse tipo de oração na Bíblia com bastante frequência, nos Salmos, por exemplo, mas, por algum motivo, achei que deveria ser mais gentil com Deus do que os autores bíblicos. Felizmente, meus professores explicaram que todas essas formas de oração são autênticas se vierem do coração, porque o oceano divino é suficientemente grande e poderoso para receber e absorver todas as dúvidas, dores, sofrimentos e até mesmo todos os pecados. Como eles sabiam disso? A maioria deles apelou para experimentar e também para Jesus. Nas mentes da maioria dos meus mestres, Jesus não era uma figura sobrenatural que descia de cima da terra, mas sim um homem entre homens cujo coração aberto revelava um aspecto especial de Deus: a receptividade aberta de Deus ao mundo, a vida divina, com um cuidado terno que nada se perde. Se imaginamos Deus como um oceano, disseram, então vamos imaginar Jesus como um peixe entre os peixes, cujo coração aberto revelou a empatia e o próprio Eros do próprio oceano. Jesus foi, por assim dizer, uma janela para o divino. Eu gostava de pensar em Jesus como um daqueles peixes com olhos especialmente brilhantes. Você olharia nos olhos dele e veria o oceano. Seu nome não era poder, controle ou medo. Seu nome era compaixão. Você podia sentir esse oceano toda vez que escutava outros peixes e cuidava deles. Você também pode sentir quando tem compaixão por si mesmo. É um oceano muito largo, sem fronteiras, e de alguma forma as pessoas viram isso nos olhos de Jesus. Mas não só dele, é claro, mas também aos olhos dos outros. Claro que nem todos os olhares demonstram compaixão. A maioria dos olhares são sobre poder e controle. As pessoas com olhares de fome de poder perderam de vista, de alguma forma, suas capacidades de sentir o amor. Suas vítimas precisam de nosso amor e carinho especiais, e nossa esperança de que, de algum modo, a jornada do viver continue depois, para que seus corações encontrem a paz. E aqueles com olhos famintos por poder precisam do nosso amor também. Este é um ensinamento de Buda e Jesus. Não devemos traçar limites em torno do amor. Eu acho que o oceano da compaixão é também um oceano de escuta. É afetado por tudo o que acontece o tempo todo: vulnerável, como um homem na cruz. Eu tinha alguns amigos no seminário e agora tenho muitos amigos que não acreditam na oração. Alguns dos meus amigos na faculdade onde eu ensino não acreditam que haja um oceano divino em primeiro lugar. Eles acreditam que o grande receptáculo em que o universo se desdobra é um espaço vazio, em vez de uma graça surpreendente, mais como um vácuo do que um coração aberto. E, claro, eles podem estar certos. Quando se trata do mistério dentro do qual todos nós nadamos como peixes no mar, todos nós vemos através de um vidro turvo. Ninguém consegue entender o oceano, nem mesmo os cristãos. Além disso, tenho amigos religiosos que realmente acreditam em um tipo de mistério divino, mas que não acreditam que recebimentos através das orações. Eles vêem o mistério mais como uma energia ou força que pode agir sobre as coisas, mas que não podem ser postas em prática. Tem o poder de dar, mas não de receber. Nossa tarefa, eles dizem, é fazer a vontade de Deus, eles dizem, ciente de que Deus não precisa de nós de forma alguma. Para esses amigos, Deus é mais parecido com uma divindade masculina que reside fora do planeta do que um oceano de compaixão. Ele fica acima da terra, observando de vez em quando, e intervindo de vez em quando, mas ele faria muito bem se a terra e o universo inteiro deixassem de existir. De minha parte, não me oponho à pessoas que imaginam Deus como uma divindade masculina que reside no planeta. Acho que precisamos de muitas imagens distintas de Deus em nossa imaginação, e essa imagem é uma entre muitas que podem nos ajudar. Eu conheci pessoas cujas vidas foram capacitadas para lidar com grandes sofrimentos, e com grande coragem, através desta imagem de Deus. Mas eu realmente tenho um problema com pessoas que imaginam essa divindade masculina como tendo o poder de dar, mas não de receber; o poder de emitir comandos, mas não de ter empatia; o poder de agir no mundo, mas não de ser influenciado pelo mundo. Quando Deus é imaginado dessa forma, como o filósofo Whitehead uma vez disse, nós entregamos a Deus aquilo que pertence a César. Eu estou com o Whitehead. Um Deus que não tem o poder de receber, que não precisa do mundo de forma alguma, é monárquico demais. Ele é muito parecido com César, mas não muito com o Cristo. Quando digo "Deus" neste artigo, quero dizer o Deus semelhante a Cristo, em oposição ao Deus semelhante a César. Quero dizer, o Deus que está presente em cada ser vivo em nosso planeta e em todo o universo com um cuidado terno que nada se perde. Quero dizer, o Deus que é cheio do universo, assim como um embrião preenche um útero, ou estrelas preenchem um céu escuro e estrelado, ou peixes enchem o mar. Eu quero dizer o Deus cuja face é compaixão não poder, cujo corpo é o próprio mundo. Eu quero dizer o Deus que é um oceano. O Deus que os cristãos vêem e foi revelado por Cristo, que não se esgota, no ministério de cura de Jesus. Fé em Deus é a confiança na disponibilidade para novas possibilidades. A vida em Deus consiste em estar presente a cada situação de maneira gentil, aberto às surpresas, e verdadeiros quanto ao sofrimento e a busca da sabedoria na vida diária. Eu vi esse tipo de fé em “Gensho”. Ele não tinha uma imagem de Deus em quem ele colocou essa fé. Quando Deus se torna um oceano, devemos se desprender das imagens, para que não façamos ídolos delas. Ainda assim podemos ter fé em algo mais, talvez até em alguém: em alguém que nos ouve e se esforça pelo nosso bem estar. Esta é uma fé à qual sou atraído, momento a momento, enquanto tento andar com Cristo, com a ajuda do Zen.
artigo do Dr. Jay McDaniel, publicado pela primeira vez no site da Open Horizons (uma revista online para almas curiosas e gentis que querem curar um mundo adoecido)